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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Nobel da Paz

Arrepio-me ao ver, neste meu país, pessoas e instituições com grandes responsabilidades políticas virem protestar contra a atribuição do Nobel da paz a um cidadão chinês, Liu Xiao Bo, que corajosamente trava um combate pela liberdade de expressão no seu país, em vez de se preocuparem, prioritariamente, em denunciar uma obscenidade política: a intolerável situação de desrespeito por direitos humanos elementares, como o da liberdade de expressão, naquele que é o Estado mais populoso do globo. Será que tais pessoas e instituições não se apercebem do descrédito em que caiem? É grave quando responsáveis políticos perdem autoridade moral.
Não me sinto em condições de avaliar se a atribuição é a mais justa. Não conheço suficientemente a pessoa em causa nem a acção por ela desenvolvida, e desconheço quem eram os outros candidatos ao prestigioso prémio. Mas tal em nada afecta o que antes ficou dito.
Liu Xiao Bo encontra-se preso por pensar e ter determinadas opiniões críticas. A sua mulher acabou de ser detida, proibida de falar, impedida de utilizar o seu telefone e o seu computador por ter dito o que pensa.

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